Bruno Alves fez o clique e o dragão continuou em festa

Liga. O líder demorou 20 minutos a justificar o clima de festa em seu redor, mas nunca chegou a alimentar dúvidas sobre o desfecho. O golo de Bruno Alves permitiu gerir os acontecimentos já com um olho no jogo de quarta-feira
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Ainda empolgado pela moralizadora exibição de Manchester, o FC Porto confirmou diante do Estrela da Amadora o que as últimas semanas já tinham deixado claro: a equipa de Jesualdo Ferreira vive o melhor momento de uma época em crescendo e chegou àquele patamar de confiança que a põe a salvo de contratempos. Por isso, nenhuma surpresa na vitória por 3-0, diante da única equipa da Liga que ainda não pontuou frente aos grandes.

A entrega dos troféus de campeão, conjugada com as notícias do hara-kiri do Benfica na luta pelo título foram mais dois factores a prolongar o clima de festa no Dragão. E nem a passagem de Hulk para o banco, nem uma entrada personalizada do Estrela da Amadora, que durante os primeiros 20 minutos teve mais bola e mais iniciativas, foi suficiente para que uma dúvida pairasse sobre o desfecho da partida.

Helton, com duas ou três intervenções seguras, deu o mote para o despertar da equipa: mesmo sem ir muito além do regime de serviços mínimos, o F.C. Porto não demorou muito a equilibrar as operações e, de seguida, a ganhar ascendente no jogo.

O livre perfeito de Bruno Alves, aos 29 minutos, não se limitou a desbloquear o marcador: por ser um belo resgate para o erro cometido em Old Trafford, pelo jogador com mais crédito de afectos junto do público, foi também o clic determinante na construção de uma vitória tranquila, apesar de o Estrela reagir de vez em quando, quase sempre com remates de longe.

Ao intervalo, com crédito para pensar no Manchester United, Jesualdo poupou Meireles e Rodríguez, mas compensou com a entrada de Hulk, enquanto o Estrela trocava de guarda-redes, por lesão de Nélson.

O fenómeno da temporada nem teve de puxar dos galões para deixar a sua marca no jogo: bastou uma assistência para Farías, aos 58 minutos, numa altura em que o líder jogava em velocidade de cruzeiro. Pouco depois, Bruno Alves concluía a redenção com um cruzamento para o segundo golo de El tecla. Sem forçar, prosseguindo a identificação total com os adeptos, o dragão ficou a dever a si mesmo mais um ou dois golos. Apenas um pormenor, num jogo com uma história simples. É dos livros que as pessoas (e as equipas) felizes não têm muita coisa para contar.

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