Brisa quer alargar a Via Verde a auto-estradas de Espanha e França
A Via Verde Portugal vai investir, este ano, entre cinco a seis milhões de euros na diversificação de produtos, incluindo uma nova geração de identificadores e a internacionalização do sistema Via Verde. A interoperabilidade da Via Verde com o sistema espanhol - nomeadamente o que está em serviço nas regiões da Galiza, Madrid e Barcelona - será uma realidade no final de 2006, anunciou ontem Pedro Rocha e Melo, presidente da empresa participada maioritariamente pela Brisa, durante a apresentação dos novos projectos da Via Verde, no ano em que comemora 15 anos.
A Brisa desenvolveu um sistema em que a Via Verde é compatível com a rede de auto-estradas espanhola que utiliza o sistema Via-T. A dificuldade da entrada em funcionamento prende-se com as negociações com os vários bancos espanhóis. Um dos principais problemas, diz" é que não existe uma congénere espanhola da Via Verde para negociar directamente, o mesmo sucedendo com a SIBS, que tem de negociar com várias entidades bancárias". Pedro Rocha e Melo realça que, depois da interoperabildade com Espanha, "a Via Verde poderá ser alargada a França".
João Pessegueiro, administrador delegado da Via Verde, adiantou que o sistema está a ser testado com os componentes de facturação, cobrança e serviço ao cliente. Este novo serviço, realçou, "implica um novo tipo de identificador (OBU), em que o cliente apenas terá de comunicar a intenção de usar o sistema fora do País".
A empresa está a desenvolver um sistema de cobrança de portagens inovador, que dispensa as praças de portagem. O sistema baseado em pórticos free-flow (portagem sem contacto)já está testado e estará operacional, dentro de um ano, na A10 em Benavente. Pedro Rocha e Melo considera que o sistema free-flow será "o futuro em termos de cobrança de portagens". Este sistema pode constituir a solução para a introdução de portagens nas Scut.
No processo de internacionalização, foi criada a KTS, em parceria com os austríacos da Kapsch e os franceses da APRR, para a Europa de Leste. O agrupamento venceu o concurso na República Checa e está a preparar candidaturas para a Hungria e Eslováquia. A empresa constituiu ainda a Oscail, em parceria com a Accenture para o fornecimento e operação de sistema electrónico de portagens na República da Irlanda. C