Lisboa, 24 mar (Lusa) - O ex-presidente do Banco Insular vendeu as ações que detinha na holding que controlava aquele banco pouco tempo antes de depor numa investigação em Portugal sobre um processo de branqueamento de capitais paralelo à Operação Furacão, revelou uma testemunha no julgamento do caso BPN..Segundo disse hoje o inspetor tributário Paulo Jorge Silva, a 20 de junho de 2008, Tiago Vaz Mascarenhas, filho de José Vaz Mascarenhas, então presidente do Banco Insular de Cabo Verde, foi chamado a depor no âmbito de uma investigação por suspeitas de branqueamento de capitais (que acabou por ser integrada no processo principal do caso BPN), tendo na altura imputado todas as responsabilidades ao seu pai. .A testemunha explicou que, "coincidentemente ou não", a 27 de junho de 2008, apenas uma semana depois da audição a Tiago Vaz Mascarenhas, o seu pai, presidente do banco cabo-verdiano, escreveu ao presidente do BPN, José Oliveira Costa, alertando-o para a necessidade de desfazer-se da posição que detinha na Insular Holding, sociedade britânica que controlava a maioria do capital do Banco Insular. .Este texto da agência Lusa foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.