BP falhou última tentativa de conter maré negra
"Depois de três dias inteiros de tentativas, fomos incapazes de conter a fuga", disse o director de explorações da BP, Doug Suttles, em conferência de imprensa.
"Decidimos virar-nos para uma nova opção" para tentar travar a fuga, acrescentou.
A operação designada "Top Kill", altamente delicada e sem precedentes a esta profundidade (1.500 metros), consistia em enviar para dentro do poço uma mistura de água e de matérias sólidas.
Quando o fluxo de petróleo fosse travado graças a esta "lama", seria necessário cimentar a fonte.
"Não conhecemos com certeza" as razões que conduziram a este fracasso, reconheceu Suttles.
"Evidentemente, estamos muito desiludidos com este anúncio e sei que todos estão impacientes por ver este poço tapado", declarou Mary Landerico, almirante dos guarda-costeiros norte-americanos.
BP, que explorava a plataforma cujo naufrágio, a 22 de Abril, provocou a catástrofe, também injectou destroços para facilitar o enchimento.
O petróleo espalhou-se no golfo a um ritmo de 2 à 3 milhões de litros por dia desde o naufrágio da plataforma Deepwater Horizon, segundo os peritos mandatados pela administração norte-americana.
Os esforços vão agora centrar-se na instalação de um dispositivo que permita capturar o petróleo e transferi-lo até à superfície do oceano.
De acordo com BP e os guarda-costeiros, quatro a sete dias serão necessários para concluir essa instalação.