Bombas atómicas sobre o Japão

O DN de 9 de agosto de 1945 noticiava a intenção americana de continuar a lançar bombas atómicas sobre o Japão até à rendição do país. Nesse mesmo dia, três dias depois de Hiroxima ser atingida, era a vez de Nagasáqui.
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"Os americanos continuarão a lançar sobre o Japão bombas atómicas até que o país se renda", titulava o DN a 9 de agosto de 1945. Nessa edição, dava-se conta de uma primeira estimativa de mortes em Hiroxima, a cidade japonesa bombardeada a 6 de agosto: "mais de 100 mil pessoas". O jornal citava a rádio de Tóquio para dar conta da destruição total de Hiroxima, "onde nenhum ser ficara" e em que "todas as edificações grandes e pequenas foram literalmente arrasadas".

No mesmo dia da edição, nova cidade japonesa foi bombardeada pelos Estados Unidos: Nagasáqui. Aqui as estimativas posteriores dão de 40 a 80 mil mortos (em Hiroxima terão sido 70 a 120 mil). Cidade do sul do Japão, Nagasáqui tem grande ligação a Portugal pois foi fundada por jesuítas no século XVI. A bomba explodiu próximo da catedral, à hora da missa, quase aniquilando a comunidade católica da cidade que ainda hoje se orgulha de ser a capital cristã do Japão.

O imperador Hirohito anunciou via rádio a rendição a 15 de agosto de 1945 e o Japão foi ocupado pelos Estados Unidos, que emergiram da Segunda Guerra Mundial não só como os grandes vencedores como também como a potência dominante. Só quatro anos depois, já em plena Guerra Fria, a União Soviética conseguiu dotar-se também de bombas atómicas.

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