O presidente da FIFA, Joseph Blatter, garantiu hoje que os implicados no escândalo de corrupção que hoje abalou a instituição serão excluídos do futebol.."É um momento difícil para o futebol, para os adeptos e para a FIFA. Este tipo de comportamentos não tem lugar no futebol e nós vamos assegurar-nos que os implicados serão excluídos do jogo", reagiu Blatter em comunicado..Pouco antes da primeira reação do responsável máximo pelo futebol mundial, a FIFA tinha anunciada a suspensão provisória de 11 pessoas, incluindo os dois vice-presidentes Jeffrey Webb e Eugenio Figueredo..Além de Webb e Figueredo, foram suspensos Eduardo Li, Júlio Rocha, Costas Takkas, Jack Warner e o seu filho Daryll Warner, Rafael Esquivel, José Maria Marin, Nicolás Leoz e Chuck Blazer, antigo homem forte do futebol dos Estados Unidos, ex-membro do Comité Executivo da FIFA e alegado informador da procuradoria norte-americana.."Continuaremos a trabalhar com as autoridades competentes e vamos esforçar-nos com vigor, no interior da FIFA, para erradicar todo o comportamento inapropriado, de modo a recuperar a confiança", disse Blatter..O dirigente revelou que a ação de hoje do Ministério Público suíço foi colocada em marcha quando a entidade que preside entregou um dossier às autoridades suíças no final do ano passado.."Na sequência dos eventos de hoje, o comité independente de ética -- que está a analisar os processos de atribuição dos mundiais de 2018 e 2022 -- tomou medidas rápidas ao banir de qualquer actividade relacionada com futebol, a título provisório, os elementos publicamente nomeados pelas autoridades. Este tipo de ações junta-se aos passos que a FIFA deu no ano passado para afastar qualquer elemento que violasse o nosso código de ética", acrescentou..O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de conspiração e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros)..Entre os acusados estão dois vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimão e que é também presidente da CONCACAF (Associação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol)..Dos restantes dirigentes indiciados fazem parte o brasileiro José María Marín, membro do comité da FIFA para os Jogos Olímpicos Rio2016, o costarriquenho Eduardo Li, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Caimão..A FIFA suspendeu provisoriamente 11 pessoas de toda a atividade ligada ao futebol: os nove dirigentes ou ex-dirigentes indiciados e ainda Daryll Warner, filho de Jack Warner, e Chuck Blazer, antigo homem forte do futebol dos Estados Unidos, ex-membro do Comité Executivo da FIFA e alegado informador da procuradoria norte-americana, que já esteve suspenso por fraude..A acusação surge depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido Webb, Li, Rocha, Takkas, Figueredo, Esquivel e Marin na quarta-feira, num hotel de Zurique, a dois dias das eleições para a presidência da FIFA, à qual concorrem o atual presidente, o suíço Joseph Blatter, e Ali bin Al-Hussein, da Jordânia..Simultaneamente, as autoridades suíças abriram uma investigação à atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar, respetivamente.