Bispo que recusa a libertinagem
Para Mariano Crociata, a "libertinagem a que hoje se assiste não pode ser tratada como um assunto privado, sobretudo quando envolve menores". As declarações foram feitas ao La Repubblica e tinham um destinatário bem claro: o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi. O presidente da Conferência Episcopal Italiana reagia assim às notícias sobre as festas com prostitutas que Il Cavaliere organizou na sua mansão da Sardenha e à sua alegada relação com uma menor, suspeita que levou a sua mulher, Veronica Lario, a pedir o divórcio.
Aos 56 anos, o bispo e professor na Faculdade de Teologia da Sicília é considerado um conservador. Nomeado pelo Papa Bento XVI em Outubro de 2008, este perito em diálogo entre a Igreja Católica e o islão já antes havia atacado Berlusconi. Tudo por causa das declarações deste sobre a sua oposição a uma Itália multiétnica. Visivelmente irritado, Mariano Crociata garantiu à agência Ansa que "Itália multiétnica é uma mais-valia e já existe".
Fortemente envolvido em termos políticos, o bispo siciliano que foi ordenado padre em 1979, é ainda uma fervoroso defensor dos trabalhadores precários, profundamente afectados pela actual crise económica mundial.