Escreve Davenport-Hines que Keynes até casar aos 38 anos só teve amantes homens, principalmente jovens da classe operária. E que, após o casamento com uma bailarina, ficou mais aberto a novas teorias económicas!.O biógrafo dá uma entrevista ao DN no rescaldo das violentas polémicas iniciadas pelo Financial Times, devido à ausência de conteúdo de teoria económica na biografia 'O Homem Universal - As Sete Vidas de John Maynard Keynes', e ao grande destaque à vida sexual do economista, ângulo que se reproduziu por toda a imprensa britânica num coro escandalizado. Davenport-Hines revela que a sua biografia capta o homem no seu total - as sete vidas - e diminui o estatuto da economia por ser exatamente essa a posição de Keynes perante a vida: "Decidi assim porque os leitores não compreenderiam as profundas questões económicas e considerariam o livro chato. Mas, também, porque queria mostrar que Keynes não era o que se pensava: imerso em questões governativas, encontros públicos e políticos. Antes, exercia influência em círculos culturais e universitários que o queriam ouvir além da vertente económica"..A biografia tem grande componente da sexualidade porque Keynes "não estava envergonhado com a sua vida sexual e achava que muitas figuras da sociedade se escondiam. Ele queria ser honesto sobre o que tinha sido esta parte da sua vida, tanto que se encontraram todos estes documentos após a sua morte. Que o irmão guardou durante anos, mesmo tendo uma grande vontade de os queimar.".Leia mais pormenores na edição impressa ou no e-paper do DN