Bettencourt recebe quase o triplo dos antigos líderes da SAD

Sporting ainda não foi campeão nacional desde que o presidente do clube acumula o cargo com a direcção da Sociedade.
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José Eduardo Bettencourt é o presidente da SAD do Sporting mais bem pago de sempre. A comissão de vencimentos liderada pelo antecessor Soares Franco propôs um ordenado de 300 mil euros brutos, por ano, o que dá 21,4 mil euros por mês durante 14 meses. Fazendo os descontos, o líder leonino vai ganhar 18 mil euros mensais, quase o triplo de todos os presidentes da Sociedade desde 2000.

Luís Duque foi o primeiro líder da SAD verde e branca e pediu 24 mil contos limpos por ano (120 mil euros), o que dava 1700 contos por mês (8570). José Roquette aceitou os valores pedidos por Duque, que sabe o DN, depois, ficou a saber que tinha pedido pouco face aos valores que os directores do futebol (José Couceiro e Carlos Janela) recebiam. E também porque foi campeão nacional e deixou uma estrutura montada que viria a festejar o último título em 2001/02.

Depois foi Miguel Ribeiro Telles a assumir o cargo executivo - com Bettencourt na estrutura -, mas sem exclusividade e recebia mil contos, cinco mil euros/mês. Menos três mil euros do que recebeu o gestor que o seguiu. Paulo de Andrade foi convidado por Dias da Cunha e ganhava oito mil.

O presidente de 2000 a 2005 assumiu a presidência do clube e da SAD sem receber qualquer verba por isso e ainda serviu de credor ao clube mais do que uma vez. Também Filipe Soares Franco (que só dedicava umas horas por dia ao clube) não foi remunerado por acumular o cargo de presidente do clube e da Sociedade. Na altura deixou a gestão executiva da SAD nas mãos de Ribeiro Telles e Carlos Freitas era o administrador com poderes idênticos aos de Bettencourt na direcção do futebol profissional e com um terço do actual vencimento do líder (100 mil/ano).

Coincidência ou não, desde que o líder do clube passou a acumular a direcção do clube com a gestão da SAD, o Sporting ainda não foi campeão nacional e acumula crises directivas e desportivas.

Cabe a Bettencourt contrariar a opinião dos sportinguistas que defendem que o presidente dos leões não deve acumular o cargo, pois quem gere os destinos do Sporting não pode estar refém dos resultados desportivos do futebol. Este é um ponto polémico que alguns sócios querem ver lavrado nos novos estatutos do clube em estudo.

Para já o dirigente viu-lhe atribuído um valor de 300 mil euros pelas funções que desempenha na SAD e outras empresas do grupo.

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