Bento da Cruz assinala 50 anos de vida literária

Autor de 'Filhas de Loth' apresenta hoje, no Porto, crónicas de Barroso.
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"Capela do S. João da Fraga situada no Gerês. Confronta com o mundo. Só tem a imagem do Santo e um ninho de pintassilgo. Não pode ser mais pobre". A descrição do humilde templo, no cume do monte, é do antigo pároco de Pitões das Júnias. Bento da Cruz reaviva-a num dos textos de Prolegómenos II, livro de crónicas que apresenta hoje, às 21.30, no Ateneu do Porto. A obra serve também para assinalar os 50 anos de vida literária do autor de O Lobo Guerrilheiro.
A geografia afectiva de Barroso, Montalegre, constante na escrita do autor, está bem presente no novo livro de Bento da Cruz.  Prolegómenos, o primeiro volume das crónicas de Barroso, editado pela Âncora Editora em 2007, esgotou em pouco mais de um mês.

Autor de uma "linguagem castigada e luminosa", segundo Urbano Tavares Rodrigues, com várias obras distinguidas, Bento da Cruz publicou o primeiro livro, Hemoptise (poesia), em 1959. Quatro anos depois, saía o romance Planalto em Chamas. Da bibliografia deste discreto escritor, nascido em Peirezes, Montalegre, em 1925, destaque para As Filhas de Loth, Planalto do Gostofrio, O Lobo Guerrilheiro e A Loba.

"Continuo o mesmo tocador de sanfona, quiçá um pouco mais roufenho pela acção de tempo", diz  o escritor,  que prevê lançar, ainda este ano,  uma história das  minas da Borralha.

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