BE solicita audição do ICNF e da presidente da Câmara da Marinha Grande na AR

Leiria, 26 jun 2019 (Lusa) - O Bloco de Esquerda requereu a audição "urgente" do presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e da presidente da Câmara da Marinha Grande, após demissão de um especialista do Observatório do Pinhal do Rei.
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No requerimento enviado à Lusa, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda pede à 7.ª Comissão de Agricultura e Mar, "com caráter de urgência", a audição do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, do presidente do ICNF, da presidente do Observatório do Pinhal do Rei e do engenheiro agrónomo Ricardo Vicente, membro demissionário daquele organismo.

O pedido dos deputados Carlos Matias e Heitor de Sousa surge após a saída de Ricardo Vicente do Observatório "em protesto pela sistemática falta de coordenação e inoperância daquele órgão, criado após o violento incêndio que, em outubro de 2017" devastou mais de 86% da Mata Nacional, referem os deputados.

"Na carta endereçada à presidente da Câmara da Marinha Grande e simultaneamente presidente do Observatório, Ricardo Vicente recorda que o órgão não se reúne desde dezembro, apesar de estar fixada uma periodicidade mensal no despacho governamental que o criou em abril do ano passado", lembra o requerimento do BE.

Os deputados acrescentam que a "demissão política estender-se-á ao ICNF e ao próprio Governo, que terão desconsiderado os membros do Observatório ao não terem tornado público um importante parecer sobre o Relatório da Comissão Científica".

"Por outro lado, a própria recuperação do Pinhal do Rei estará praticamente estagnada", criticam.

Para o BE, "dada a relevância nacional que a todos os títulos tem o Pinhal do Rei - económica, ambiental, paisagística, histórica e turística - impõe-se um esclarecimento cabal da situação".

"Tal torna-se ainda mais premente pelo período muito crítico que atravessamos, de grande risco de novos incêndios florestais", salientam.

O Observatório do Pinhal do Rei foi criado na sequência do incêndio de outubro de 2017, que devastou mais de 86% da Mata Nacional de Leiria.

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