BE reivindica medidas para reduzir atropelamentos em passadeiras nas Caldas da Rainha

O elevado número de atropelamentos em passadeiras, nas Caldas da Rainha, está a preocupar o Bloco de Esquerda (BE), que fez aprovar uma recomendação à câmara para que sejam adotadas medidas que aumentem a segurança dos peões.
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"Aumentar a segurança na circulação de peões, em especial nas ruas onde se registaram maior incidência de atropelamentos", foi a recomendação do BE à autarquia, depois de "só no mês de janeiro" já terem sido "atropeladas cinco pessoas", em passadeiras.

Na recomendação aprovada por unanimidade na última assembleia municipal, onde o BE tem apenas um eleito, o deputado Arnaldo Sarroeira divulgou dados estatísticos recolhidos junto da PSP que dão conta da ocorrência de "19 acidentes em passadeiras", nos últimos dois anos.

O documento, a que a Lusa teve acesso, aponta nove ruas da cidade com os pontos mais críticos para os 10 atropelamentos verificados em 2017, os 10 verificados o ano passado, e o cinco ocorridos no último mês de janeiro.

Dos acidentes resultaram quer feridos graves quer ligeiros, sendo que "oito das pessoas atropeladas tinham mais de 65 anos", afirmou Arnaldo Sarroeira.

Para o BE, os acidentes prendem-se com o facto de as passadeiras se encontrarem "em mau estado de conservação", com "as pinturas de algumas das faixas inexistentes, pois a tinta já desapareceu totalmente com a passagem dos carros", pode ler-se na recomendação.

A Rua Vitorino Fróis é, segundo o Bloco, "a que apresenta passadeiras em pior estado de conservação, sendo também a que apresenta o maior número de atropelamentos, o que pode indiciar uma correlação entre estes dois parâmetros", refere ainda o documento remetendo para a informação de que "entre 2015 e 2019, houve 10 atropelamentos nesta rua, nove dos quais em passadeiras".

Daí a recomendação à câmara no sentido de os serviços obterem "aconselhamento junto da Polícia de Segurança Pública (PSP) e do Instituto da Mobilidade e Transportes (IMT), de forma a produzir um plano de intervenção para melhorar a visibilidade das passadeiras e reduzir a velocidade de circulação de trânsito na sua proximidade".

Os bloquistas proporem ainda que sejam ponderadas, além de outras hipóteses de intervenção, "a possibilidade de limitar a velocidade máxima dos veículos a 30Km/ hora na proximidade das escolas, serviços de saúde e comércio local", o reposicionamento e reforço da sinalética junto das passadeiras e a implementação de mais lombas sobrelevadas.

Questionado pela Lusa, o presidente da câmara, Fernando Tinta Ferreira, esclareceu hoje que "as passadeiras são regulamente pintadas e é feita a reposição daquelas que vão ficando em pior estado".

Ainda assim, a câmara "remeteu para a comissão de trânsito a o estudo de medidas a implementar no Plano de Mobilidade", atualmente em fase de elaboração e que o autarca estima que possa estar concluído até ao final do ano.

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