BE questiona Governo sobre heliporto do hospital de Lamego
Na sua opinião, "pelo facto de o Hospital de Lamego não conseguir auxiliar doentes graves e urgentes referenciados por ser um SUB (Serviço de Urgência Básico), faz todo o sentido ter o heliporto ativo e operacional para auxiliar e escoar os doentes" que não podem aí ser atendidos.
Na pergunta endereçada ao Ministério da Saúde, o BE refere que, segundo a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), "a certificação não foi solicitada, já que o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), que gere o Hospital de Lamego, disse que o pedido não foi feito".
Segundo o CHTMAD, "não é necessário o heliporto estar operacional", refere o BE.
Na pergunta, é relatado um caso ocorrido a 16 de fevereiro, quando "o helicóptero do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) sediado em Macedo de Cavaleiros foi acionado para fazer o transporte de um doente grave de Lamego para o Porto".
"O socorro acabou por ser afetado, colocando em causa a vida do doente, porque o aparelho, em vez de aterrar no heliporto do Hospital de Lamego, acabou por receber o doente no Estádio do Peso da Régua, no concelho vizinho", acrescenta.
De acordo com o BE, "os bombeiros de Lamego foram chamados às 17:25 para socorrer um homem de 80 anos, na localidade de Canelas, com queimaduras graves, que resultaram de uma queimada que o próprio realizou".
"A certificação do heliporto de Lamego que, segundo a administração do CHTMAD, não é necessária por ser um SUB, pelos vistos foi necessária no sábado", frisou.
O BE quer saber se o Ministério da Saúde teve conhecimento desta situação e o porquê de, "independentemente do SUB, a evacuação por meio aéreo não estava contemplada de raiz no conceito de ambulatório".