BCP cai e arrasta Bolsa
A forte queda das acções do BCP e da EDP Renováveis afundou ontem a Bolsa - o índice PSI-20, o principal indicador do mercado, fechou com perdas de 0,43%. E a descida só não foi maior graças ao entusiasmo dos investidores com a Jerónimo Martins. As acções do grupo retalhista valorizaram 1,77%, acumulando ganhos de 62% desde o início do ano, depois de os analistas do JP Morgan terem melhorado o preço-alvo da dona do Pingo Doce, aplaudindo os anunciados investimento na abertura de novas lojas na Polónia. A Sonae SGPS também ajudou. A holding de Paulo Azevedo melhorou 0,11%, com os investidores na expectativa de uma subida de 40% nos lucros do terceiro trimestre. Mas o mercado acabou por ser condicionado pelo tombo de 2,33% nas acções do BCP, depois de o banco presidido por Santos Ferreira ter decepcionado o mercado com o anúncio de lucros de 178 milhões nos primeiros nove meses do ano, uma subida de "apenas" 25% em relação ao mesmo período de 2008. A queda da Bolsa foi ainda agravada pela descida de 2,28% da EDP Renováveis, que tem sido alvo de recomendações menos positivas de casas de investimento. E até a Galp recuou 0,41%, apesar de uma poll de analistas da Reuters ter elegido a petrolífera como a sua favorita.