Bastaram 15 minutos para açude começar a criar 'mar' de Abrantes

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Em Abrantes já se brinda às novas oportunidades que a requalificação das margens do Tejo vai trazer à cidade e à região. O açude insuflável, um investimento de 10,5 milhões de euros que permitirá criar um imenso espelho de água, peça nuclear do projecto Aquapolis, passou ontem a bateria de testes gerais. "Com aprovação e distinção", brincava Nelson de Carvalho, presidente da câmara.

Pouco passava das 11.00 quando foi anunciado que se iria insuflar a última das quatro comportas. "Vai demorar pelo menos uma hora a encher", vaticinava alguém. Mas 15 minutos bastaram para que o açude começasse a represar a água do rio, dando vida ao novo "mar de Abrantes". Um processo lento, até pela dimensão do espaço a inundar, mas que ao final do dia estaria concluído, atingindo a cota máxima.

António Marques, gestor do programa Valtejo, não escondia a sua admiração pela invulgaridade da obra concebida pela empresa japonesa Bridgestone, considerando que "este é o ponto de partida para uma nova vida, para o criar de novas dinâmicas da comunidade com o rio". Fonseca Ferreira, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento de Lisboa e Vale do Tejo, referiu que Abrantes tem agora as condições para ser considerada uma das cidades médias "mais atractivas e apetecíveis para empresários de visão" e disse já ter contactado a Associação Nacional de Turismo, propondo a criação de uma rede de "escapadinhas"na região "aproveitando a capacidade hoteleira de Fátima", muito sazonal.

O autarca Nelson de Carvalho viu concretizar-se um sonho com mais de 20 anos: "Finalmente devolvemos o rio à cidade." A inauguração está marcada para 16 de Junho e deverá contar com a presença do primeiro--ministro José Sócrates.

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