Banco Caixa Geral será o nome da CGD no Brasil
O banco que a Caixa Geral de Depósitos se prepara para abrir no Brasil nos próximos meses deverá adoptar a designação que a instituição inaugurou em Espanha em 2006. Banco Caixa Geral será o nome da operação brasileira do grupo liderado por Carlos Santos Ferreira se as autoridades locais derem luz verde ao pedido da CGD, apurou o DN.
No caso de o Banco Central do Brasil autorizar a criação do novo banco, esta será a segunda instituição internacional da CGD a adoptar a designação Banco Caixa Geral. Esta coincidência não é um acaso, mas resulta do facto de o grupo financeiro estatal estar a estudar a unificação das marcas das suas operações internacionais.
A Caixa admite vir a adoptar o nome Banco Caixa Geral em todas as instituições que possui no estrangeiro, por forma a poder projectar esta designação como uma marca global. No entanto, qualquer decisão final nesse sentido só será tomada depois de estudadas todas as implicações desta medida, provavelmente com o recurso aos serviços de uma consultora. Além de Espanha e Brasil, a Caixa possui operações de banca comercial em Cabo Verde (Bancos Interatlântico e Comercial Atlântico), Macau (BNU), África do Sul (Mercantil), Moçambique (BCI-Fomento)
A nível de imagem, a CGD também está a estudar a renovação da sua imagem no mercado português, como confirmou o seu presidente em Março, em entrevista ao Jornal de Negócios. Na mesma altura, Santos Ferreira excluiu, no entanto, a possibilidade de a Caixa vir a mudar de designação em Portugal.
No Brasil, o processo de autorização do Banco Caixa Geral está numa fase final. A CGD já entregou o business plan solicitado pelo Banco Central do Brasil e já houve indicação de que este projecto receberá luz verde da entidade de supervisão. Para que a operação seja lançada falta ainda a aprovação formal.
Apesar de ir adoptar o estatuto de banco universal, o brasileiro Banco Caixa Geral não terá uma rede de retalho alargada, começando a funcionar a partir de um ou dois escritórios estrategicamente localizados. A expansão da sua presença física será equacionada em função da evolução do negócio. A operação no Brasil contará logo de início com o negócio de empresas brasileiras e portuguesas a operar naquele mercado, actualmente sediado em Lisboa. Além disso, como o DN noticiou no Verão, o banco pretende apostar na banca de investimento, no corporate e private banking e no negócio das transferências.