Ballet pode formar melhores atletas

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E se o ballet fosse introduzido como disciplina obrigatória nos treinos dos clubes portugueses? Como reagiriam os jogadores perante a obrigatoriedade de vestirem sapatilhas e roupas justas? E os adeptos? Seria, com certeza, mais uma arma de arremesso para as acaloradas discussões futebolísticas.

O assunto pode ser mais sério do que se pensa. Na África do Sul, país sede do próximo Campeonato do Mundo de futebol, em 2010, a Academia de Arte e Desporto, os cerca de 40 alunos têm o ballet no currículo escolar. Há cerca de um ano que esta escola, situada numa pequena localidade entre Joanesburgo e Pretória, desenvolve a actividade com - segundo dizem - extraordinários benefícios nomeadamente no que respeita à preparação física, controlo do corpo, concentração, disciplina e musculatura dos membros inferiores.

Patrícia Lumwilla, professora de dança clássica da instituição, revela que a combinação entre futebol e ballet aconteceu quando ela própria analisou lances de Diego Maradona. A terapeuta concluiu que El Pibe usava passos do ballet clássico no seu jogo. O mais flagrante, na opinião de Lumwilla, era o pontapé forte do agora seleccionador argentino, que estaria relacionado com o rond jambe, um dos exercícios de rotação de pernas realizado nas aulas de ballet. Na prática, e segundo os defensores desta nova corrente, o ballet pode ajudar os jogadores a rematarem mais forte ou, no caso dos guarda-redes, a serem mais eficazes nas saídas aos cruzamentos.

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