Avião está a ser produzido mas entregas são interrompidas
"A produção do 787 continua", disse um porta-voz da empresa, citado pela agência AFP, declarando também que os aviões não serão entregues aos compradores até as autoridades internacionais do setor aprovarem as investigações e correções aplicadas aos aparelhos.
A Agência Europeia de Segurança Aérea (AESA) juntou-se na quinta-feira aos Estados Unidos, Japão, Índia, Chile e Etiópia na decisão de suspender temporariamente os voos com o Boeing 787 'Dreamliner', medida que na Europa apenas afetará uma companhia polaca.
Perante os problemas registados por este modelo de aeronave, a AESA, tal como a Agência Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos, vai investigar o possível risco de fogo relacionado com as baterias do 'Dreamliner', a grande aposta da Boeing para competir contra a Airbus.
Na Europa, a suspensão dos voos com o Boeing 787 apenas afeta a companhia aérea polaca LOT, a única que tem na sua frota Boeing 787 e que já decidiu suspender as operações com estes aviões.
Na quarta-feira, as duas companhais aéreas japonesas, a JAL e a ANA, deixaram os Boeing 787 em terra, depois de mais um problema técnico com um dos aviões.
Durante um voo doméstico da ANA, entre Yamaguchi Ube (oeste) e Tóquio, com 129 passageiros e oito tripulantes, ocorreu um incêndio num compartimento do Boeing 787, onde estava instalada uma bateria, o que poderia ter como consequência que o avião se despenhasse.
Várias pessoas ficaram ligeiramente feridas ao sair de emergência, em Takamatsu, no sul do país, pelas mangas do avião para a pista.
O grupo Boeing comunicou que iria "trabalhar com os (seus) clientes e com as autoridades competentes" para "investigar a fundo" a ocorrência.