AVC: 25 mil pessoas internadas anualmente

É a primeira causa de morte e de incapacidade permanente em Portugal, mas a literacia da população e a atenção aos sinais e sintomas pode evitar episódios mais agudos e salvar vidas. A importância de um acompanhamento adequado no ​​​​​​​pós-AVC é fundamental para que o doente recupere a sua qualidade de vida.
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A cada segundo, uma pessoa no mundo sofre um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Em Portugal, chegam todos os anos aos hospitais cerca de 25 mil doentes com episódios de AVC. Os dados são da Direção-Geral de Saúde (DGS) e, apesar do número elevado em território nacional, aproximadamente 50% destes casos já são tratados e acompanhados em unidades especializadas de AVC (UAVC). Mas, para melhorar ainda mais estes indicadores, a mensagem dos especialistas, e que é preciso que toda a população memorize, é que "minutos salvam vidas". E, por isso, é fundamental que todos conheçam os sinais e sintomas e que estejam atentos, sabendo de antemão que devem acionar o 112 em caso de suspeita de um episódio de AVC.

O crescente acompanhamento nestas unidades especializadas garante uma resposta mais rápida e adequada aos doentes e, consequentemente, um tratamento e posterior recuperação mais direcionados. Em 2019, por exemplo, a DGS revela que foram internados 25 105 doentes nos hospitais públicos, dos quais 12 996 em UAVC. Destes, aponta a mesma fonte, 9 841 sofreram um AVC isquémico (trombo que entope uma artéria impedindo a irrigação do sangue naquela área), dos quais 2.467 foram tratados com medicamentos trombolíticos, e 2.057 foram submetidos a tratamento de trombectomia endovascular, permitindo a revascularização atempada, e uma recuperação mais eficaz.

Contudo, e apesar das melhorias no acesso aos cuidados, os episódios de AVC continuam a matar e a causar incapacidade permanente em muitos doentes. O que pode, então, ser feito para evitar algumas situações e a que sinais devemos estar alerta? No próximo episódio do podcast "Diálogos: Saúde e Futuro", uma iniciativa do Diário de Notícias, com o apoio da Abbvie, e que estará disponível na próxima quarta-

feira, 26 de outubro, no site do jornal, teremos a oportunidade de ouvir a perspetiva de Ana Alves, médica fisiatra e vice-presidente da Associação Portugal AVC, e o testemunho de Diana Ramos, sobrevivente, igualmente ligada à Portugal AVC. Visões distintas de uma condição com enormes impactos na qualidade de vida dos doentes e dos seus cuidadores, mas também económicos e sociais.

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