Avaliação à saúde. OCDE diz que Portugal fez muito e com menos custos

Relatório da OCDE defende a criação de centros de proximidade para responder a urgências menos graves e mais funções para os enfermeiros.
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O sistema de saúde em Portugal sobreviveu à crise. Mas ainda há um longo caminho a fazer. Di-lo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), que hoje apresenta a avaliação ao sistema de saúde. A organização elogia a reforma nos cuidados de saúde primários, os sistemas de informação, as redução da mortalidade nos enfartes e o número de internamentos evitados na asma e doença pulmonar obstrutiva crónica. Mas aponta o dedo a um sistema ainda demasiado focado nos hospitais, com problemas graves como as altas taxas de infeção, de cesariana e maiores períodos de internamento. A lista de recomendações é variada, mas resume-se a um ponto: apostar nos cuidados de proximidade.

"O sistema de saúde português ainda é demasiado dependente do setor hospitalar. Apesar da reforma hospitalar ser um processo em desenvolvimento que implica especialização e concentração dos serviços, Portugal deve apostar no aumento da resposta a nível comunitário para a oferta de reabilitação, cuidados pós-agudos e resposta a urgências. Isso permitiria aliviar a pressão sobre os hospitais, com potencial para aumentar a qualidade dos cuidados", refere o relatório, que destaca: "Estima-se que 30% da atividade hospitalar poderia ser feita na comunidade e que 20 milhões de euros poderiam ser poupados num ano com a transferência de mais cuidados de enfermagem para fora dos hospitais".

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