Autárquicas: Candidata PS em Matosinhos defende uniformização da rede de transportes

A candidata do PS à Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, considerou hoje que a autarquia deve procurar uniformizar a rede de transportes no território, garantindo a maior cobertura possível.
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Depois de uma viagem de 45 minutos numa das carreiras da transportadora Resende, que opera em Matosinhos e que nos últimos meses tem sido alvo de duras críticas pela qualidade do serviço prestado aos seus utilizadores, a socialista assegurou que a qualidade do serviço e a segurança do mesmo devem ser "os pontos de maior" exigência e fiscalização.

"É no terreno que percebemos os problemas e as dificuldades dos matosinhenses. Estas e outras ações têm um papel fundamental para a elaboração do nosso programa autárquico. Só assim conseguimos trabalhar diretamente para melhorar a qualidade de vida das pessoas", referiu.

Na sua opinião, a câmara deve ter um papel fundamental em acompanhar os transportes.

O objetivo desta ação foi perceber quais os maiores problemas que, diariamente, os utilizadores de transportes públicos enfrentam em Matosinhos, explicou Luísa Salgueiro.

No final de julho, o Conselho Metropolitano do Porto aprovou, por unanimidade, a proposta do presidente da Câmara de Matosinhos, Eduardo Pinheiro, para antecipar o concurso público da nova concessão dos transportes públicos no concelho, devido aos problemas com a operadora Resende.

Nessa reunião do Conselho Metropolitano do Porto (CmP), os presidentes de câmara concordaram em "mandatar a Comissão Executiva para avançar com o concurso" relativo a Matosinhos, onde a concessão da Resende terminaria "no fim de 2017", depois de se terem registado vários acidentes envolvendo viaturas da operadora, um deles com uma vítima mortal.

"Seria no mínimo inconsciente não fazer nada", vincou o autarca de Matosinhos, esclarecendo que a Resende "não será excluída" do novo procedimento, mas que o mesmo "tem de ter um caderno de encargos bem definido e condições bem delimitadas para casos de incumprimento".

Em outubro de 2016, um acidente com um autocarro da Resende resultou numa vítima mortal e quatro feridos graves, em Matosinhos, e, em julho, registaram-se incêndios com autocarros.

O "investimento insuficiente" na substituição, conservação e manutenção de viaturas e os "dados alarmantes" do relatório da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), na sequência da solicitação feita pela câmara, levaram ainda a autarquia e a Área Metropolitana do Porto (AMP) a declararem "tolerância zero" relativamente a quaisquer acontecimentos e incidentes que radiquem em questões operacionais da empresa.

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