A última vez que António Morais foi candidato à Câmara pela CDU foi nas autárquicas de 1997, ano em que os sociais-democratas conquistaram a maior autarquia do distrito de Bragança ao PS..A CDU nunca foi poder em nenhuma das 12 câmaras do Nordeste Transmontano, porém o candidato António Morais acredita que, no dia 01 de outubro, será possível "transformar a simpatia" das pessoas pelo trabalho desempenhado pela CDU na Assembleia Municipal, em votos para um ligar no executivo camarário.."Queremos demonstrar no executivo o que temos feito na Assembleia (Municipal", afirmou à Lusa o candidato que tem ocupado, nos últimos quatro anos, o único lugar de deputado da CDU, na Assembleia Municipal de Bragança..António Morais afirmou que estará disponível "enquanto tiver força e capacidade" para os desafios que a CDU lhe lançar, embora reconheça que, em regiões como a de Bragança, é uma força minoritária..Ainda assim, o candidato entende que "a gestão autárquica assenta no poder do presidente (da Câmara), mas também do coletivo composto por vereadores".."E está ao nosso alcance eleger vereadores", defendeu..Para o candidato da CDU, o poder autárquico social-democrata "tem-se limitado a gerir dinheiros, que têm à sua disposição, com uma visão muito curta"..António Morais preconiza uma gestão autárquica atenta "à parte velha da cidade de Bragança, que continua a degradar-se", aos problemas de mobilidade e da ligação entre a zona antiga e a parte nova da cidade, "que está por fazer"..A CDU defende "atenção particular ao meio rural, nomeadamente à vila de Izeda", a única vila do concelho de Bragança e para a qual reclama um "apoio desconcentrado de serviços"..O candidato considera ainda que no concelho de Bragança "falha poder reivindicativo da gestão local", nomeadamente em questões como o encerramento de serviços públicos..António Morais tem 68 anos, é sociólogo e já foi candidato à Câmara de Bragança pela CDU em 1993 e 1997. Além de militante do PCP e das intervenções pela CDU, é conhecido na região pelo percurso profissional como assessor do Parque Natural de Montesinho, entretanto aposentado.