Austrália condena Pyongyang por lançamento de míssil que sobrevoou Japão

O primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, condenou hoje, "nos termos mais fortes", o lançamento pela Coreia do Norte de um míssil que atravessou o espaço aéreo do Japão, defendendo a aplicação de mais sanções económicas a Pyongyang.
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Os Estados Unidos confirmaram que um míssil lançado pela Coreia do Norte pelas 06:30 (23:00 de segunda-feira em Lisboa), que caiu no Oceano Pacífico perto da costa oriental da ilha de Hokkaido, sobrevoou o território japonês.

"O regime norte-coreano continua, de forma temerária, a ameaçar a paz e a estabilidade da região e do mundo. Instamos todos os países a impor as mais duras sanções estipuladas pelo Conselho de Segurança [da ONU] contra a Coreia do Norte, e é de vital importância que a China se junte", afirmou Malcolm Turnbull à rádio 5AA.

O primeiro-ministro australiano reiterou que Camberra entende que a solução para o conflito na península coreana passa pela via diplomática e pela aplicação de sanções contra a Coreia do Norte.

A ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Julie Bishop, também condenou o mais recente lançamento por parte de Pyongyang, descrevendo-o como "um ato provocador, perigoso, desestabilizador e ameaçador".

Julie Bishop também destacou a reação de Tóquio de não responder ao ataque apesar de ter capacidade para derrubar o míssil, advogando antes por um esforço conjunto com Japão, Coreia do Sul, China e Estados Unidos, além de outros membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, no sentido de fazer com que a Coreia do Norte regresse à mesa das negociações.

A chefe da diplomacia australiana afastou, de igual modo, a possibilidade de qualquer resposta militar contra a Coreia do Norte por parte dos Estados Unidos e os seus aliados, após a recente advertência do Presidente norte-americano, Donald Trump, de que responderia com "fúria e fogo jamais vistos" a um ataque de Pyongyang.

Julie Bishop indicou que o míssil sobrevoou o Japão, mas "não era dirigido aos Estados Unidos", vincando que, na mais recente conversa que manteve com o seu homólogo norte-americano, Rex Tillerson lhe garantiu que Washington irá procurar opções pacíficas.

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