Austrália aperta cerco a incendiários

Há 181 mortos confirmados do fogo, mas morgues estão preparadas para receber até 300.
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A polícia australiana divulgou o retrato-robô de um homem suspeito de ter provocado o fogo que começou ontem a norte da cidade de Melburne. Este é o primeiro resultado das investigações aos incêndios que varreram o Sul daquele país na última semana.

As autoridades têm fortes suspeitas de que os fogos que mataram mais de 180 pessoas foram ateados deliberadamente e a polícia tem uma centena de investigadores no terreno.

"Temos a certeza de que o incêndio de Churchill [que fez 21 mortos] foi deflagrado deliberadamente," garantiu Christine Nixon, chefe da polícia de Vitória, o estado mais afectado.

A mesma responsável disse que têm fortes suspeitas de que o fogo que deixou em cinzas a vila de Marysville foi posto. Até agora, foram descobertos 15 cadáveres naquela localidade. Mas as equipas de busca e salvamento continuam a encontrar corpos entre os escombros.

As autoridades admitem que o número total de vítimas pode chegar perto dos 300. "Não posso dizer que são 300 vítimas", disse Nixon. "Mas as morgues estão preparadas para isso."

A polícia confirmou que o homem e o adolescente detidos na manhã de ontem foram libertados depois de provarem a sua inocência.

Enquanto a polícia prosseguia a caça aos incendiários, o primeiro-ministro, Kevin Rudd, declarava no Parlamento federal um dia de luto nacional.

O chefe do Governo, que acusou os incendiários de homicídio em série, e dezenas de deputados apareceram com uma fita amarela no braço, um símbolo de força e conforto.

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