Austrália, França e UE querem criar área protegida

Austrália, França e a União Europeia vão insistir na criação de uma grande zona protegida na Antártida durante a próxima reunião anual da Comissão para a Conservação dos Recursos Marinhos Vivos da Antártida (CCAMLR).
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A proposta conjunta visa declarar como protegida uma superfície marinha total de 1,6 milhões de quilómetros quadrados no leste da Antártida, a fim de preservar os recursos naturais e controlar a atividade pesqueira na zona.

Apesar de já ter sido discutida por duas ocasiões no último ano, não foi alcançado um acordo até à data em relação à proposta em causa.

Em comunicado, Tony Fleming, chefe da delegação australiana, afirma que a iniciativa visa proteger áreas vulneráveis ou que desempenham um papel ecológico importante designadamente no desenvolvimento de krill (pequenos crustáceos) ou dos pinguins.

A medida de proteção "foi projetada para múltiplos usos para que os objetivos chave de conservação possam andar de mãos dadas com o acesso contínuo a esta área, segundo o modelo implementado pela CCAMLR", frisou Fleming, que acredita na aprovação da proposta tripartida.

A CCAMLR vai reunir-se, entre a próxima quarta-feira (dia 23) e 01 de novembro, na cidade australiana de Hobart, estando prevista a aprovação de duas propostas durante o encontro.

Em causa, a formulada pela Austrália, França e UE para proteger a zona leste da Antártida e um outra -- da autoria da Nova Zelândia e dos Estados Unidos -- para salvaguardar a região do Mar de Ross.

Austrália, França, UE, Nova Zelândia e Estados Unidos emitiram na semana passada um comunicado conjunto apelando à aprovação das suas duas propostas na reunião da CCAMLR.

A CCAMLR foi criada em 1982, tendo como missão a conservação dos recursos da vida marinha no Antártico, que representam quase dez por cento dos mares do planeta.

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