Atrás da Declaração de Independência

Publicado a
Atualizado a

Não há como negá-lo: O Tesouro, filme de Jon Turteltaubproduzido por Jerry Bruckheimer, pisca todos os olhos à fórmula estabelecida por Dan Brown no best-seller O Código Da Vinci: em cada esquina do argumento há um mistério para revelar, um mundo de mensagens encriptadas e, claro, uma sociedade secreta multissecular, à qual pertenciam os founding fathers da democracia americana, e que, desde o século XVIII, é suposto esconder o maior tesouro do planeta. Sim, O Tesouro cheira a Código Da Vinci por todos os lados, desde o protagonista, com o ridículo mas programático nome de Benjamin Franklin Gates (Nicolas Cage), até à auxiliar amorosa (Diane Kruger): o primeiro anda atrás do pecúlio histórico por herança familiar; a segunda é a guardiã da Declaração de Independência, que vê ser surripiada diante dos seus olhos, mas sem se importar por aí além. Sim, nada disto é muito original - embora seja curioso, e significativo, que Holly-wood tenha substituído a carga mística do livro pelo culto dos objectos fundadores dos EUA -, mas a verdade é que O Tesouro é um bom divertimento natalício. Não tem um pingo de pretensão, não se leva demasiado a sério e abusa do sentido de humor. Vai muito bem com pipocas e refrigerante.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt