Atral Cipan investe na Venezuela

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Negociação. Empresa do sector farmacêutico apresenta projecto de mais de 30 milhões de euros

Embaixador venezuelano reconhece interesse do projecto para o seu país

A Atral Cipan, empresa portuguesa do sector farmacêutico, apresentou ontem ao embaixador da Venezuela em Portugal uma proposta para transferência de tecnologia e construção de uma unidade industrial de produção de matérias-primas para medicamentos naquele país. O projecto, orçado em cerca de 31,4 milhões de euros (cerca de 50 milhões de dólares), que seria desenvolvido pela Prinmon, empresa do grupo Atral Cipan responsável pelo negócio de transferência de tecnologias, permitiria à Venezuela ser um dos poucos produtores da daquele tipo de princípios activos na América do Sul, podendo assim vir a exportar para outros mercados da região, amoxicilina e ampicilina. Segundo o CEO da Atral Cipan, José Vieira Gavino, o consumo destas matérias-primas continua a crescer em todo o mundo e na América do Sul deverá situar-se nas 800 toneladas por ano. A capacidade de produção da unidade industrial que poderá vir a ser construída será da ordem das 700 toneladas por ano. O projecto envolve ainda uma unidade de recuperação de solventes, um parque de tanques, uma central térmica, central de produção de frio, tratamento de efluentes e captação e tratamento de água.

O embaixador venezuelano, Lucas Enrique Rincón Romero, que ontem visitou o complexo industrial do grupo farmacêutico português em Castanheira do Ribatejo, reconheceu o interesse do projecto para o seu país. "A materializar-se o investimento, seria a pensar não só nos consumos do mercado venezuelano, mas também nos outros mercados da região", afirmou.

Para já, assegurou que vai enviar o dossiê com a proposta para o Governo da Venezuela e prometeu "aligeirar o processo de compra de medicamentos" à empresa, bem como às restantes do sector farmacêutico, que em Maio, no decurso da visita do primeiro-ministro português àquele país, assinaram um acordo para o fornecimento conjunto de 20 milhões de euros de produtos farmacêuticos para a Venezuela. Tudo sob a protecção do acordo global que permite a troca de produtos nacionais por petróleo. Deste bolo, à Atral Cipan cabe uma fatia de 2,5 milhões de euros.|

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