António Banderas distinguido com Prémio Nacional de Cinema de Espanha

"O seu compromisso tenaz com o cinema, como ator, realizador e produtor faz com que seja merecedor deste prémio", lê-se na atribuição
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O ator espanhol Antonio Banderas foi distinguido com o Prémio Nacional de Cinema 2017, de Espanha, informou hoje o Ministério da Educação, Cultura e Desporto, do Governo de Madrid.

Dotado com 30.000 euros, o prémio distingue a carreira de um profissional de cinema, em qualquer uma das vertentes do setor, e é atribuído anualmente pelo Governo espanhol, através do Instituto de Cinema e das Artes Audiovisuales (ICAA).

O prémio foi atribuído a Banderas por "ser um cineasta com uma trajetória extraordinária a nível nacional e internacional, tendo aberto caminho para muitos atores espanhóis".

"O seu compromisso tenaz com o cinema, como ator, realizador e produtor faz com que seja merecedor deste prémio", lê-se na atribuição.

Nascido em Málaga, em 10 de agosto de 1960, Banderas estreou-se em "Labirinto de paixões" (1982), de Pedro Almodóvar, que o transformou num dos seus atores de referência, na década de 1980, em filmes como "Matador" (1986), "A lei do desejo" (1987), "Mulheres à beira de um ataque de nervos" (1988) e "Áta-me" (1989).

Voltariam a encontrar-se mais tarde em "A pele onde eu vivo" (2011) e "Os amantes passageiros" (2013).

Na década de 1980, porém, Banderas trabalhou igualmente com outros realizadores espanhóis, como Francesc Betriu ("Réquiem por un campesino español"), José Luis García Sánchez ("La corte de Faraón") ou Fernando Colomo ("Bajarse al moro").

Chegou ao cinema norte-americano em 1992, ao lado de Armand Assante, em "Os reis do mambo", seguindo-se "Filadélfia" (1993), de Jonathan Demme, ao lado de Tom Hanks, filme que lhe abriria definitivamente as portas de Hollywood, e "Entrevista com o vampiro", em que contracena com Brad Pitt e Tom Cruise.

Nos Estados Unidos, protagonizou "De amor e de sombra" (1994), "Desperado" (1995), "Assassinos" (1996), com Sylvester Stallone, e "A máscara de Zorro" (1998), com Anthony Hopkins, entre outros filmes.

Estreou-se na realização com "Loucos em Alabama" (1999), comédia protagonizada por Melanie Griffith, a que se seguiu "O caminho dos ingleses" (2006).

Entre outros prémios recebeu a Medalha de Honra do Ministério da Cultura de Espanha, o Goya de carreira, o Tony, da Broadway, e o Prémio Donostia do Festival de Cinema de San Sebastian. Soma várias nomeações para os Globos de Ouro, para os Prémios Emmy e para os prémios MTV, entre outras distinções.

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