Atletas em vantagem por planos antidoping não rigorosos

A qualidade dos programas nacionais de combate ao doping leva a que alguns atletas estejam em desvantagem relativamente a outros provenientes de países com planos antidopagem não rigorosos.
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O alerta foi dado pelo director executivo da Agência Antidoping dos EUA (USADA), Travis Tygart, um dos homens que participou nos inquéritos que levaram à queda de estrelas como o ciclista Floyd Landis e a velocista Marion Jones e que actualmente faz parte do grupo de investigação às alegadas práticas dopantes na antiga US Postal, de Lance Armstrong, sete vezes vencedor da Volta à França.

"Existe uma divisão entre um número de nações que estão a executar os programas mais efectivos. Olhamos para o Reino Unido, França, Noruega e, esperemos, os EUA. Estão em forte contraste com a qualidade dos programas em Espanha, Jamaica, Rússia. Isso é preocupante particularmente porque os nosso atletas estarão em palcos mundiais a competirem contra esses atletas", afirmou Tygart, citado pelo Daily Mail.

Para o perito norte-americano, os desempenhos dos atletas desses países estão comprometidos pelo menor rigor e eficácia dos programas nacionais antidopagem, que não incluem controlos fora de competição, feitos de surpresa, para detectar eritropoietina (EPO) e hormona de crescimento.

"Francamente, os atletas desses países merecem poder dizer: 'Estamos limpos. E não apenas porque estamos limpos, mas porque seguimos os mais altos padrões'. Sinto-me mal pelos atletas desses países, porque eles não têm a possibilidade de dizerem isso", vincou Tygart.

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