Atentado terrorista em Lisboa

O DN de 28 de julho de 1983 fazia manchete com o ataque de um grupo arménio à embaixada da Turquia em Portugal. Morreram os cinco terroristas, a mulher de um diplomata turco e um polícia português.
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"Comando arménio mata e morre na embaixada turca em Lisboa" era a manchete do DN de 28 de julho de 1983. O atentado, o mais grave de terrorismo internacional em Portugal, foi reivindicado pelo ARA, o Exército Revolucionário Arménio, com um longo historial de ataques a diplomatas turcos pelo mundo fora. Morreram os cinco terroristas, a mulher de um diplomata turco e um polícia português. E a libertação do edifício foi feita pelos GOE, que receberam ordem de intervir do então primeiro-ministro Mário Soares.

Hoje a embaixada da Turquia exibe num dos seus muros virados para a avenida das Descobertas um painel de azulejos que homenageia as vítimas desses atentado de 1983. Na inauguração, estiveram presentes o filho de um diplomata turco, na altura um jovem que foi ferido pelos terroristas quando tentava fugir, e a viúva e filha do agente da PSP morto.

O ARA atacava interesses turcos como retaliação pela violência contra os arménios no final do Império Otomano, que coincidiu com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). A república da Turquia, fundada em 1923, reconhece que houve centenas de milhares de mortos no Leste da Anatólia, em confrontos entre diferentes comunidades de súbditos do Império, mas recusa que se tenha tratado de um genocídio, como afirmam os arménios.

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