Atentado em autocarro faz seis mortos no Rio
Cinco pessoas morreram carbonizadas, entre elas uma criança de dois anos, quando um grupo de desconhecidos incendiou um autocarro no Rio de Janeiro, na noite de terça-feira. O ataque fez ainda 11 feridos, dois deles em estado considerado grave. As autoridades cariocas suspeitam que se tratou de um acto de represália pela morte de um homem, suspeito de tráfico de droga, abatido no mesmo dia em confrontos com a Polícia Militar (PM).
Agentes da PM estavam, por volta das 13.00 de ontem (final da tarde em Portugal) em vias de ocupar o complexo de favelas do Morro do Quitungo, no Bairro da Penha (na zona norte do Rio de Janeiro) - onde se deu o tiroteio que causou a morte ao alegado traficante-, com o objectivo de capturar os criminosos responsáveis por este atentado, presumivelmente elementos ligados ao mesmo gangue.
Segundo o relato da polícia, citada pela Agência Brasil, o autocarro da empresa "Viação Rubanil", que fazia o trajecto Passeio- -Irajá, estava a circular na rua Irapuã, perto da favela, quando um grupo de homens, com armas de vários calibres, obrigou o motorista a parar. Depois de ameaçarem os passageiros, os desconhecidos terão despejado cerca de cinco litros de gasolina no interior do veículo. À saída, detonaram uma bomba de fabrico caseiro, um cocktail molotov, que iniciou o incêndio.
Na altura, estava muito gente a bordo do autocarro e 17 pessoas não conseguiram escapar ilesas. As cinco vítimas mortais foram enterradas, ainda ontem, em cemitérios da cidade. Os dois feridos mais graves, um deles em estado crítico, estão internados na Unidade de Queimados do Hospital do Andaraí.
* Com Agências