Ateca. Uma entrada com "ganas"

Muito à espanhola, com "ganas", é assim que a SEAT apresenta o Ateca. Mais um produto para essa guerra global dos SUV. A aposta, claramente de ataque, começa no preço.
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A SEAT entrou no segmento dos SUV e logo afrontando o reino dos compactos, aquele em que a competição é mais feroz. O Atecaé mais um a perfilar-se no combate ao Nissan Qashqai, preocupação que a marca espanhola assume apostando numa política de preços que a coloca no mesmo patamar do modelo japonês e em muitas soluções uns furos abaixo.

Desenvolvido a partir do novo VW Tiguan, o modelo do construtor de Martorell aposta num estilo de formas vincadas, com várias linhas de força numa solução original e que o distingue da concorrência.

Bem proporcionado, superfície vidraça na justa medida sobre cintura alta, frente muito modernaça, dupla grelha de grande dimensão, grupos óticos dominados por uma curiosa assinatura em LED é um carro com personalidade e a imagem de poder que se pretende dos produtos deste segmento.

A traseira é muito simples, um remate familiar no estilo da marca. O portão tem dimensões generosas e, claro, pode ter abertura elétrica e também através da passagem do pé sob o para-choques.

O interior apresenta um interessante compromisso em termos de design, desportivo e não excessivamente high-tech, no que significa de cedência aos comandos por simples contacto. Neste caso há três dezenas de interruptores e botões (!), que não constituem problema. Os conteúdos tecnológicos, no entanto, contemplam uma oferta alargada, na qual se distingue o sistema de câmaras (quatro, duas nos retrovisores) com 360 graus de amplitude.

Em termos de construção, materiais agradáveis ao toque e uma montagem que dispensa críticas, a pautar um nível de qualidade assinalável. A modularidade é normal, pena que a SEAT não siga a solução do banco traseiro de movimento transversal usada pela VW. A bagageira da versão 4x2, com 510 litros de capacidade, figura entre as maiores do segmento.

A SEAT propõe uma série de motorizações, mas para Portugal a grande aposta recai no bem sucedido 1.6 TDI de 115 cv, com caixa manual de seis velocidades e tração dianteira.

A versão que pudemos testar foi, no entanto, o equilibrado 2.0 TDI de 150 CV que pode contar com a emblemática caixa automática DSG. Guiamos a versão de transmissão manual e a resposta foi prometedora. A altura ao solo não penaliza o comportamento em curva nem a suspensão traseira (barras de torção nos 4x2). Um bom compromisso entre a eficácia e o conforto, um carro agradável de guiar!

O espaço não põe problemas e a habitabilidade está ao nível do melhor na concorrência.

[destaque:Ficha técnica]

Motor: 1968 cc, turbodiesel, injeção direta

Potência: 150 cv/3500-4000 rpm

Binário máximo: 340 Nm/1750-300 rpm

Transmissão: 4x2; caixa manual de 6 velocidades

Aceleração 0-100: 8,5 s

Velocidade máxima: 202 km/h

Consumos: média- 4,3 l/100

Emissões de CO2: 114 g/km

Bagageira: 510 litros

Preço: 34 300euro

[destaque:Destaques]

Mais barato

A versão de entrada na gama, já disponível, é o 1.0 a gasolina de 115 cv, que garante o preço mais barato, a partir da casa dos 24 000euro. A primeira opção diesel, com base do 1,6 TDI de 115 cv, tem preços desde os 27 600euro.

Equipamento

Reference, Style e Xceleiience são os três níveis de equipamento propostos. Ecrã de 5", travão de mão elétrico e ar condicionado são equipamentos de origem. A versão Style, acrescenta as jantes de 17v", sensores de estacionamento atrás e ar condicionado automático.

Versão 4x4

A tração integral, para já, está disponível apenas com motorização 2,0 TDI de 190 cv ecaixa DSG. Tem uma bagageira mais pequena(485 litros). Os modos de condução incluem as opções off-road e snow. Não falta a assistência em descida. Preço: cerca de 44 000euro

[destaque:Concorrentes]

Nissan Qashqai

Continua a ser o campeão do segmento. Beneficia de uma política de preços muito agressiva, mas já não se afigura superior em qualidade nem no que respeita à oferta tecnológica. Ainda assim, convence.

VW Tiguan

A nova geração representou mais um salto qualitativo e a chancela do emblema continua a ter muito peso. É mais vulgar por fora e por dentro, já teve melhores acabamentos, mas continua a inspirar confiança.

Hyundai Tucson

E um dos modelos coreanos mais bem sucedidos dos últimos tempos e uma prova de que por aqueles bandas se constrói cada vez melhor. Um compromisso a ter em conta, com oferta diversificada.

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