Assis esperava "atitude de responsabilidade política" do CDS-PP

O líder parlamentar do PS, Francisco Assis, lamentou hoje a atitude do CDS de "aparentemente" apontar para um voto contra ao Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), admitindo que esperava "uma atitude responsabilidade política" dos democratas cristãos.
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Questionado sobre as declarações do líder do CDS-PP sobre o PEC, Francisco Assis disse não conhecer o seu teor, mas admitiu que tudo "aparentemente aponta" no sentido dos democratas cristão não votarem favoravelmente o PEC.

"Nós lamentamos essa atitude por parte do CDS", afirmou, admitindo que o PS esperava que os democratas cristãos tivessem "uma atitude de responsabilidade política neste momento".

A este propósito, o líder da bancada socialista recordou o tempo em que o CDS-PP fazia parte do Governo e a atitude de "grande responsabilidade política" então assumida pelo PS.

"No passado, quando o próprio CDS fazia parte do Governo e esse Governo apresentou aqui um Programa de Estabilidade e Crescimento e os respectivos grupos parlamentares de apoio ao Governo apresentaram um projecto de resolução idêntico a este, o PS embora discordando de alguns aspectos do conteúdo Programa de Estabilidade absteve-se", lembrou.

Sublinhando que o PS não pede ao CDS-PP para que tenha uma posição idêntica em matéria de política orçamental, Francisco Assis lamentou "profundamente" o caminho que está a ser seguido pelos democratas cristão.

"Nós no passado agimos com sentido de responsabilidade, tomamos nota que em circunstâncias idênticas outros partidos não revelam o mesmo sentido de Estado que nós revelámos nessa ocasião", frisou.

Hoje de manhã, à saída de um encontro com o primeiro ministro sobre o Conselho Europeu, o líder do CDS-PP, Paulo Porta lamentou a recusa do Governo em negociar o PEC.

"O Governo agiu como se tivesse maioria absoluta, não aceitado o qualquer negociação ou alteração", disse.

Interrogado sobre o sentido de voto do CDS face à resolução do PS, Portas alegou que o país está perante "uma agressão fiscal" a toda a classe média "em despesas que não são sumptuárias", como as de saúde e de educação.

"Isso para nós é inaceitável, tenho uma só cara, não acredito em aumentos de impostos", frisou o líder democrata cristão.

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