Foi hoje assinado no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, um protocolo entre o Instituto da Água e a Fundação Luso-americana para o Desenvolvimento, para a implementação de um Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo. O protocolo tem como objectivo a partilha de informação relativa ao estado ambiental do meio marinho, que permita uma análise para se delimitarem as zonas marítimas. Dia 22 acaba a consulta pública sobre o plano.."Este protocolo vai permitir aumentar o conhecimento sobre as águas marítimas, promover a troca de conhecimento entre cientistas das duas partes. Dá-me a sensação de que estamos numa fase em que se vai finalmente concretizar muitas coisas relativamente ao espaço marítimo", disse ao DN Humberto Rosa, secretário de Estado do Ambiente..O plano de Ordenamento do Espaço Marítimo já faz parte da estratégia para o mar de 2006, quando foi aprovado em Conselho de Ministros. Mas foram precisos cinco anos para ver o projecto ser finalmente posto em marcha. O plano pretende definir o potencial do espaço marítimo e dividir o seu espaço por actividades, um pouco como é feito no ordenamento do território terrestre. Desta forma será definido, por exemplo, o espaço marítimo português disponível para pesca, instalação de torres eólicas, lazer ou exploração de recursos marinhos. .Na equipa que conduz estudo estão incluídas universidades como a do Algarve e de Aveiro, representantes de alguns ministérios, como o do Ambiente, Defesa e Economia, e ainda o Instituto da Água. ."As sessões de discussão pública têm sido muito concorridas e, a partir de dia 22, vamos usar todos os dados retirados da discussão para colocarmos a proposta à tutela que depois será discutida em conselho de ministros", explicou Humberto Rosa que espera ver a proposta aprovada até ao fim do ano.