Assembleia Municipal aprova moção da CDU de apoio a ex-trabalhadores dos estaleiros

Proposta foi aprovada com oito abstenções da bancada do PSD, partido do governo que extinguiu empresa pública
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A Assembleia Municipal de Viana do Castelo aprovou esta segunda-feira, por maioria, uma moção da CDU que recomenda à câmara local que apoie a deslocação de ex-trabalhadores dos estaleiros navais a Lisboa para uma marcha lenta no dia 28.

A proposta comunista, apresentada pelo deputado António Bastos, ex-trabalhador dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) no período antes da ordem do dia da sessão ordinária daquele órgão, foi aprovada por maioria, com oito abstenções da bancada do PSD.

Na assistência, a acompanhar os trabalhos encontram-se cerca de duas dezenas de ex-trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

Além do apoio financeiro, a proposta da CDU pede ainda a solidariedade da cidade à reivindicação dos ex-funcionários dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).

Em causa estão "cerca de uma centena de ex-trabalhadores que, até maio, ficam sem subsídio de desemprego e qualquer apoio social por não terem atingido os 57 anos exigidos pela lei para requererem a reforma antecipada por desemprego prolongado".

Na semana passada, os antigos funcionários da empresa pública de construção naval anunciaram uma "marcha silenciosa" a realizar dia 28 de abril em Lisboa para exigir ao Governo um regime de exceção para os ex - trabalhadores que, até maio, perdam o subsídio de desemprego.

Na altura, em declarações aos jornalistas, o porta-voz da comissão representativa dos ex-trabalhadores dos ENVC, António Ribeiro adiantou que aquele protesto "poderá ficar sem efeito se, até àquela data, forem dadas respostas às preocupações, quer a nível local, quer a nível governamental".

Em 2014, quando os estaleiros foram subconcessionados à Martifer, estavam ao serviço 609 trabalhadores. O plano de rescisões amigáveis a que os trabalhadores foram convidados a aderir custou ao Estado 30,1 milhões de euros.

Suportado com recursos públicos, incluiu indemnizações individuais entre os 6.000 e os 200 mil euros, além do acesso ao subsídio de desemprego e de reforma.

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