Paulo Rebelo, da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo da Polícia Judiciária, disse em conferência de imprensa, na sede da corporação, que o homicida, de 35 anos, "contactou o 112 durante a manhã para confessar a prática" dos quatro crimes, dois de homicídio, um de detenção de arma proibida e outro de danos.."O detido foi encaminhado para a PSP e, depois de confessar os crimes, para a PJ, que realizou todas as diligências para comprovar a prática dos crimes", referiu, acrescentando que o homem, cuja identidade não foi revelada, "não tem registo de antecedentes criminais"..O responsável da PJ sublinhou que "só o próprio saberá explicar a motivação" para o assassínio de Alexandra Neno, a 29 de fevereiro de 2008, quando estacionava o carro no seu bairro de residência, e o de Diogo Ferreira, supostamente atingido mortalmente pelo mesmo homem, no dia seguinte, no parque de estacionamento de um centro comercial de Oeiras..Também sem explicação ficaram os motivos pelos quais o homem, de 35 anos, com profissão de segurança/vigilante, decidiu entregar-se "mais de cinco anos depois"..Paulo Rebelo disse que o detido, com "vida estabilizada", se "encontra em baixa médica" e que a autoria dos homicídios foi comprovada com as impressões digitais encontradas na altura, nos locais dos crimes.."Tanto em relação à arma de calibre 6.35, arma de alarme transformada em arma de fogo, quer em relação a vestígios nos locais, foram efetuadas diligências que encaminhavam no sentido certo", afirmou, observando que "o processo esteve sempre aberto" e que "a investigação prosseguiu em várias linhas"..Aquele elemento da PJ frisou ainda que, no caso do homicídio de Alexandra Neno, o homem terá tentado "a apropriação da viatura da vítima".."Face à resistência, o autor disparou e acabou por a atingir", disse..O homem será presente ao juiz de instrução criminal na manhã de sexta-feira.