Assaltantes de bomba Repsol trocam tiros com a polícia

Um dos três autores do assalto de sábado à noite ficou ferido e foi detido, enquanto os restantes dois continuam a monte. A PSP passou a pente fino toda a região e continua no encalço dos indivíduos que actuaram com a cara tapada.
Publicado a
Atualizado a

Bernardino Duarte e o filho viram o seu jantar de sábado interrompido pelo barulho de uma rajada de tiros vinda do exterior. Da entrada da porta de casa, o cerco policial em volta das bombas de combustível da Repsol de Barcarena (concelho de Oeiras) não deixa margem para dúvidas: houve um assalto seguido de tiroteio. Um dos assaltantes foi detido pela PSP e dois continuam a monte.

Pelas 21.30, três indivíduos, entre 20 e 23 anos, encapuzados e armados com uma caçadeira entraram nas bombas e ameaçaram a única funcionária de serviço, obrigando-a a abrir a caixa, de onde terão roubado 60 euros.

Os assaltantes foram apanhados em flagrante por uma Brigada de Intervenção Rápida da PSP que fazia patrulhamento no local. Os indivíduos - dois que estavam no interior do estabelecimento e um fora - dispararam uns quantos tiros contra os agentes que, ao ripostarem, atingiram um dos assaltantes na perna e no abdómen.

De acordo com fonte policial, o ferido tem 20 anos e foi assistido no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, mas está fora de perigo. "Ele ficou com uma bala alojada no abdómen, mas foi logo extraída", garantiu ao DN a mesma fonte. Após ter alta hospitalar, o homem foi detido pelas autoridades

"Houve vários tiros. Ouvimos pelo menos seis ou sete e a polícia cercou tudo em volta", afirmou, ao DN, Bernadino Duarte, que, nos seis anos que mora junto ao posto da Repsol, já conta pelo menos dois assaltos à bomba.

Ao DN, também a funcionária que ontem à tarde estava de serviço e que, segundo Bernardino, era a mesma que foi ameaçada (embora ela diga que não) diz que "já não é a primeira vez que as bombas [que têm dez a 15 anos] são assaltadas".

Algo que não surpreende Marco António, um jovem residente na zona e que também ouviu os tiros. "É uma bomba com pouco movimento e à noite costuma ter grupos de malta nova por ali. Nunca se sabe o que podem andar a tramar", disse, adiantando que espreitou à janela, mas recolheu de imediato porque "nunca se sabe o que pode fazer uma bala perdida".

Os dois assaltantes que continuam a monte, fugiram do local a pé e pelo caminho deixaram a caçadeira e um par de luvas que já estão na posse da polícia. As autoridade passaram a pente fino o vale de Barcarena, mas dos assaltantes não há sinais. A Polícia Judiciária investiga.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt