Um dos flagelos que assolou o cinema francês logo a seguir à Nouvelle Vague foi o chamado "cinema de papa", as produções do meio que não eram carne nem sal. Pois bem, estes filmes baseados nos livros bestsellers de Dan Brown são uma espécie de "cinema de papa" para os blockbusters. Não aquecem nem arrefecem, nomeadamente este algo tonto Inferno, com um Robert Langdon (Tom Hanks longe do seu melhor e basta procurar em O Milagre do Rio Hudson, ainda em exibição, para se perceber isso mesmo) em amnésia a tentar descobrir um enigma para chegar a um saco de plástico que poderá conter uma peste capaz de liquidar milhões de ser humanos.
[youtube:RH2BD49sEZI]
Em relação aos anteriores, é notoriamente superior ao primeiro, O Código Da Vinci, mas uns furos abaixo do anterior, o mais contido Anjos e Demónios. Dir-se-ia que no meio da correria há uma monotonia imensa. São, aliás, claros os laços de Ron Howard com uma ideia de fazer um cinema de entretenimento muito cheio de flashes e efeitos de cor, um pouco a piscar o olho ao estado de coisas em Hollywood. Mas perpassa sempre uma sensação de aparato a mais.
Classificação: **