As falhadas cartas de Sócrates

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Quando se soube que José Sócrates, apesar de detido, não ficaria calado, confesso que gostei. Como escrevi (a 24 de novembro), depois da prisão dele, abdiquei de me dedicar ao ataque à fuga de informações, essa indecência tão usual nos processos judiciais portugueses. Deixa-se cair, gota a gota, umas semi-informações, formata-se a opinião pública e arranja- -se uma desculpa antecipada para a incapacidade de se fazer prova em tribunal. Se um detido reagisse - como me pareceu que Sócrates iria fazer, em atitude inédita - também ele violando o segredo de justiça, contando factualmente o seu lado, estabelecia-se uma, digamos, igualdade justa. E podíamos passar à questão que interessa, mesmo.

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