As 12 obras de arte roubadas mais procuradas pela polícia espanhola
A Polícia Nacional espanhola divulgou ontem as doze obras de arte roubadas mais procuradas pela Brigada do Património Histórico, algumas das quais estão há mais de vinte anos na sua base de dados, denominada Dulcineia.
Segundo explica o inspector chefe A. Tenório, da brigada especializada em roubo de obras de arte, essa base de dados tem registadas mais de oito mil peças, entre pintura, escultura, talha, elementos arquitectónicos e peças arqueológicas e está em permanente actualização com as bases de dados da Interpol.
Num vídeo que pode ser visualizado em www.youtube.com/policia, o inspector chefe mostra os doze quadros mais procurados, entre os quais se encontram quatro que foram roubados em 1989 do Palácio Real de Madrid: Mano e Dama Desconhecida de Diego Velázquez, San Carlos Borromeo, de Francisco Bayen, e Retrato de Dama, de Juan Carreño.
Mas a maioria dos quadros apresentados não foram roubados em Espanha. É o caso de Auvers Sur Oise, de Paul Cézanne, roubado em Janeiro de 2000 do Museu Ashmolean de Oxford, no Reino Unido, uma obra avaliada em 4,8 milhões de euros. Storm on the Sea of Galilee, uma pintura de 1663 do artista holandês Rembrandt também se encontra na base de dados há cerca de uma década, altura em que foi roubada do Museu Gardner de Boston, nos Estados Unidos, juntamente com outras dez obras primas.
Dois quadros de Vincent van Gogh surgem na lista ontem revelada. Trata-se de Brooms and Red Poppies, roubada de Gizé, no Egipto, e View os the Sea at Scheveningen, roubada em Dezembro de 2002 do museu dedicado ao pintor holandês em Amesterdão, na Holanda.
El Santero de la Cofradía, do artista espanhol Sorolla, que se encontrava no Museu Benlliure de Valência, e Lady with a Hat, do francês Toulouse-Lautrec, roubada em Itália, também estão desaparecidas. A lista elaborada por esta brigada especial, criada em 1985, fica completa com Le Pigeon aux Petits Pois, do pintor espanhol Pablo Picasso, e La Pastorale, do artista francês Matisse. As duas obras foram roubadas em Maio deste ano do Museu de Arte Moderna de Paris.