Armas usadas no tiroteio do Ingote estavam enterradas

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Coimbra. 'Operação Planalto' envolve investigadores de Coimbra, Aveiro e Leiria

Armas, droga, sete detidos, um homem evadido da cadeia e outro em liberdade condicional, todos eles presumíveis autores do tiroteio que abalou a vida do Planalto do Ingote (Coimbra) no passado dia 3 deste mês. É este o culminar da operação levada a cabo pela Polícia Judiciária que deteve, anteontem, sete pessoas, todas do mesmo clã familiar. Um cão da Brigada Fiscal da GNR foi fundamental: as armas e parte da droga apreendidas estavam enterradas.

Tudo aconteceu na quarta-feira. Manhã cedo, a partir das 06.45, munidos de onze mandados de busca, os investigadores da Judiciária desencadearam diligências sob o nome de código "Operação Planalto", e em buscas simultâneas, quatro homens e três mulheres, com idades compreendidas entre os 18 e os 55 anos, foram detidos. Casas, carros e terrenos foram passados a "pente fino". Um dos detidos, de 30 anos, estava evadido do Estabelecimento Prisional de Coimbra onde cumpria pena por crime de roubo, sequestro e tráfico de droga. Outro, com perto de 40 anos, estava em liberdade condicional, após cumprimento de pena por tráfico de droga.

Foram apreendidas uma pistola de 9 milímetros e cinco carregadores - arma usada pelas forças de segurança e considerada arma de guerra -, três caçadeiras (uma delas, shot-gun, outra uma carabina e ainda uma espingarda de caça), armas brancas, assim como estupefacientes que dariam para 3200 doses individuais (cocaína, heroína e haxixe). Foram ainda apreendidos 22 500 euros em dinheiro, telemóveis e outros objectos, designadamente balanças de precisão e embalagens de plástico. Estão agora acusados por posse de armas proibidas, tráfico de droga e da autoria de disparos com arma de fogo.

Ao que o DN apurou, nesta vasta operação estiveram envolvidos operacionais da Directoria de Coimbra e dos departamentos de Aveiro e Leiria. Os investigadores tinham na mira os suspeitos de, pelo menos, três tiroteios que ocorreram em Coimbra, no Bairro da Relvinha (Junho), na Pedrulha (Julho) e, no início deste mês, no Planalto do Ingote - este último espalhou o pânico nos moradores de três bairros sociais entretanto patrulhados, em permanência pela PSP de Coimbra.|

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