Apupos a Bono geram polémica em Espanha

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Até que ponto a manifestação promovida pela Associação das Vítimas do Terrorismo no sábado, em Madrid, foi "manipulada para fins partidários', ao extremo de o ministro da Defesa espanhol, José Bono, ter sido insultado durante 20 minutos? Esta a pergunta que Gregorio Peces-Barba, alto comissário para as Vítimas do Terrorismo, se coloca e que quer ver respondida hoje quando receber os líderes das várias associações do sector existentes em Espanha.

Rechaçando a explicação de que foi precisamente a sua ausência da manifestação, bem como a do chefe do Executivo, Jose Luis Rodriguez Zapatero, que motivou os desacatos, Peces-Barba opta por responsabilizar os "grupos exaltados", cujos apupos obrigaram Bono, contrariado, a abandonar a iniciativa.

O PSOE, pela voz do deputado Alfredo Pérez-Rubalcaba, também já reagiu, condenando "o comportamento dos que acabaram por se portar como terroristas", coarctando a liberdade dos que se manifestavam. Foram críticas generalizadas, porém, sem destinatário preciso, pois Rubalcaba preferiu não comentar as informações de que os desacatos terão sido promovidos pelo PP, deixando esse papel ao secretário-geral dos populares, Angel Acebes, precisamente um dos homens mais aplaudidos pelos manifestantes.

O PP não vai por aí. A respectiva responsável para a política social, Ana Pastor, alvitrou, isso sim, que o primeiro-ministro deve uma explicação aos espanhóis sobre a ausência de Peces-Barba na manifestação.

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