APDL explica que avarias em eclusas acontecem devido "a causas exteriores"

A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) explicou hoje que as avarias não ocorrem devido a "falhas de equipamento", mas por "causas exteriores", depois de ter sido acusada de prejudicar o turismo no Douro.
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Na terça-feira, a Associação das Atividades Marítimo-Turísticas do Douro (AATMD) disse estar a ser "prejudicada em milhares de euros, devido a avarias constantes nas eclusas de navegação", geridas pela APDL, que hoje respondeu, em comunicado, à Lusa.

"A APDL ressalva que, no que concerne à indisponibilidade não programada das eclusas, a maioria deve-se a situações que não estão relacionadas com falhas dos equipamentos de eclusagem, mas sim devido a causas externas, como é o caso do caudal sólido flutuante (lixo), que provoca estragos na estanquicidade das portas", pode ler-se na nota.

A entidade informou ainda que, nos últimos anos, tem feito "investimentos significativos" na Via Navegável do Douro (VND), nomeadamente nas eclusas, "cujos resultados se traduzem no incremento do turismo fluvial".

"Ao longo dos últimos cinco anos, as operações de eclusagem mais que duplicaram. A título de exemplo, em 2017 contabilizaram-se 15.211 operações, o que representa mais de cinco mil do que em 2016. No que diz respeito ao indicador de inoperacionalidade por eclusa, na última década cada eclusa parou, em média, um dia por ano", referiu.

Ainda assim, no caso de avarias, "as intervenções são efetuadas com celeridade e sempre em articulação com os utentes da VND, de forma a minimizar o impacto na navegabilidade", sublinhando que a APDL "tem desenvolvido uma política de investimento na melhoria das condições de operação e navegabilidade do rio Douro".

Na terça-feira, a AATMD indicava que os "operadores turísticos do Douro acumulam prejuízos em resultado das sistemáticas interrupções de navegação e avarias das eclusas", que "em apenas três meses" registaram sete avarias, numa altura em que "a época alta dos cruzeiros está a iniciar".

"Em todas as situações, a navegação no Douro sofreu interrupções superiores a dez horas consecutivas, o que se manifesta em alterações forçadas de itinerários, prejuízos avultados para os operadores marítimo-turísticos e para a região", referia em comunicado.

A associação admitia ainda que a situação tem "obrigado a que muitos turistas se tenham de deslocar de autocarro do interior do Douro para o aeroporto, não completando o seu programa de cruzeiro de uma semana", acumulando "prejuízos financeiros" com o "impacto negativo na imagem turística da região".

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