Ao segundo dia da Jornada Mundial da Juventude houve festa lusófona
E ao segundo dia da Jornada Mundial da Juventude no Panamá houve festa lusófona. Os participantes portugueses juntaram-se aos do Brasil e dos PALOP e cantaram e dançaram ao som de uma versão adaptada do mais recente êxito do cantor Toy.
A Pastoral Juvenil do Algarve é a autora dessa adaptação, que segundo contam os repórteres da Agência Ecclesia, fez sucesso ao colocar toda a assembleia a cantar "toda a J-M-J".
A celebração foi presidida por D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa, que afirmou à Ecclesia que a JMJ é uma "experiência muito forte de Igreja" vivida pelos jovens. O objetivo é também oferecer aos mais novos a consciência de um "Portugal missionário": "Esta é uma missão de poucos dias, agora continua lá".
Sábado é o penúltimo dia da Jornada Mundial de Juventude. E domingo, os 300 participantes portugueses que lá estão, esperam ouvir o que é já é dado com adquirido, que a JMJ de 2022 será em Lisboa.
Mas neste segundo dia o Papa Francisco visitou o Centro de Detenção de Menores de Las Garças, o que aconteceu pela primeira vez numa jornada. E deixou uma mensagem aos 180 detidos da prisão no Município de Pacora, a 40 quilómetros da capital do Panamá. "Todos juntos, lutai - não entre vós, por favor -, lutai sem cessar por encontrar caminhos de inserção e transformação."
"Jesus não tem medo de Se aproximar daqueles que, por inúmeras razões, carregavam o peso do ódio social", disse o Papa segundo noticia a Ecclesia. Recusou "rótulos" por considerar ser um procedimento que contamina tudo.
Quando uma sociedade se limita a criticar, murmurar, entra num círculo vicioso de divisões, censuras e condenações, refere a Ecclesia. O Papa lembrou mesmo que 11 dos 12 apóstolos eram "pecadores pesados", porque traíram, abandonaram ou renegaram o seu Mestre.
"Deus não deita ninguém fora. Ele diz-te: vem. Ele espera-te e abraça-te", acrescentou.
Aos jovens detidos, Francisco disse que não devem rejeitar a ideia de que "não vão conseguir". "Procurai e ouvi as vozes que impelem a olhar para diante e não aquelas que vos desencorajam", realçou.
Dos mais de 100 jovens ali detidos, 12 quiseram confessar-se, três deles ao Papa Francisco. O portal Vatican News explica que um dos jovens pediu expressamente para se confessar ao Papa, para "transformar" a sua vida e deixar para trás o "sonho de vingança" contra os que tinham assassinado os seus familiares. Um dos jovens, Luis Oscar Martínez, disse ao Papa: "Não há palavras para descrever a liberdade que sinto neste momento".