António de Oliveira Salazar

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António de Oliveira Salazar nasce no Vimieiro, Santa Comba Dão, em 1889. Em 1900 ingressa no Seminário de Viseu onde esteve oito anos. Mais tarde vai estudar para Coimbra onde conclui o curso de Direito, em 1914. Após o golpe de 28 de Maio de 1926 é convidado para Ministro das Finanças; ao fim de 13 dias renuncia ao cargo. Dois anos depois é novamente convidado para Ministro das Finanças e nunca mais abandonará o poder. Em 1930 como Presidente do Conselho de Ministros cria a União Nacional e três anos mais tarde faz ratificar a nova Constituição (corporativa). Apoiando-se na doutrina social da Igreja Católica, Salazar orienta-se para um corporativismo de Estado autoritário, com uma linha de acção económica nacionalista assente no ideal da autarcia. Esse seu nacionalismo económico levou-o a tomar medidas de proteccionismo de natureza fiscal, tarifária, alfandegária, para Portugal e colónias.

Cria a PVDE, polícia política e impõe um partido único, um regime totalitário, proibindo assim a oposição. Apoia Franco na Guerra Civil de Espanha, em 36, e cria a Legião e Mocidade Portuguesas. Abre as colónias penais do Tarrafal e de Peniche. Em 1937 escapa a um atentado dos anarquistas. Na Segunda Guerra Mundial, Salazar consegue manter a neutralidade do país. Em 1945 a PIDE substitui a PVDE. Em 1958 contra Humberto Delgado, Américo Tomás é eleito Presidente da República enquanto o Bispo do Porto critica a política salazarista. A 11 de Março de 1963 acontece a tentativa de golpe de Botelho Moniz e no dia 21 de Abril do mesmo ano uma resolução da ONU condenando a política africana de Portugal. Em 1964, a FRELIMO inicia a luta pela independência, em Moçambique. No ano seguinte dá-se a crise académica e a PIDE assassina Delgado.

Em 1968, Salazar cai de uma cadeira e fica mentalmente diminuído. Morre em 1970 sem ver derrubado o regime totalitário que criou.

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