"Saímos enquanto profissionais de saúde, enquanto utentes do SNS, enquanto cidadãos e cidadãs preocupados! Juntamo-nos a milhares de outras vozes, de outros setores, para dizermos que a austeridade está a destruir o SNS", lê-se no manifesto publicado numa rede social..António Arnaut concorda com as razões do manifesto e disse à agência Lusa que subscreve o documento, assim como "todas as iniciativas em defesa do SNS".."Como não vou poder estar presente fisicamente, junto a minha voz à voz dos que reclamam em defesa do SNS", adiantou..Instado a comentar as razões do protesto destes profissionais de saúde, bem como da população que participará na manifestação "Que se lixe a troika -- o povo é quem mais ordena", prevista para mais de 40 cidades em Portugal e no estrangeiro, António Arnaut lembra: "O povo está a perder a paciência"..Os promotores desta maré branca -- que querem "pintar" de branco, com recurso às batas, o trajeto entre a zona da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) e o Marquês de Pombal, em Lisboa -- consideram que "a austeridade está a matar o SNS!".. "O aumento das taxas moderadoras diminuiu a acessibilidade aos serviços de saúde. Nos hospitais faltam medicamentos para muitas doenças, dos quais dependem as vidas de muitos utentes, ao mesmo tempo que se começa a falar em racioná-los", escrevem os subscritores no manifesto. .Além de António Arnaut, várias figuras do setor da saúde já manifestaram a intenção de participar nesta "maré branca" ou simplesmente subscreveram o manifesto..Nomes como Maria José Alves, médica na MAC, José Aranda da Silva, ex-bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Augusta Sousa, ex-bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Isabel do Carmo, médica endocrinologista, ou Jorge Espírito Santo, ex-presidente do colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos constam da lista de apoiantes desta "maré branca"..A nível sindical, deverão estar presentes elementos da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), como Mário Jorge Neves, ou do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), como Guadalupe Simões, conforme os dois confirmaram à Lusa..Tanto a FNAM como o SEP, que formalmente não aderiram ao protesto, preveem ter vários dirigentes e associados presentes na iniciativa, adiantaram..O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) não vai estar representado por não concordar com a iniciativa, disse à Lusa o secretário-geral, Jorge Roque da Cunha.