ANJE defende aceleração do Plano PRR e alivio fiscal

A Associação Nacional de Jovens Empresários defende que, para as empresas a subida da inflação representa um agravamento significativo dos seus custos, obrigando muitas delas a não ter margem de lucro, por não conseguirem impor preços mais elevados.
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A Associação Nacional de Jovens Empresários defende que, para as empresas a subida da inflação representa um agravamento significativo dos seus custos, obrigando muitas delas a não ter margem de lucro, por não conseguirem impor preços mais elevados. Para as famílias, a inflação é um imposto escondido que reduz o seu poder de compra, sobretudo se os salários não são atualizados em consonância com a evolução dos preços.

Para Alexandre Meireles, presidente da ANJE, os jovens empresários têm uma palavra a dizer neste processo de transformação do país, na medida em que representam a face mais empreendedora, inovadora e cosmopolita da sociedade portuguesa.

A ANJE propõe que exista um grande esforço de mobilização em torno das propostas públicas para a retoma do país e salienta:

Incentivos fiscais diferenciados em sede de IRC para empresas que valorizem os salários ou acelerem a transição energética, digital e verde;

Redução da burocracia e otimização dos serviços da Administração Pública, através da capacitação dos recursos humanos, da digitalização dos processos e da descentralização de competências;

Novos instrumentos de capitalização das empresas; designadamente no quadro do Banco Português de Fomento;

Melhores condições, designadamente fiscais, para criação de emprego e aumento dos salários pelas empresas;

Escrutínio público, transparência processual, celeridade decisória e implementação desburocratizada na execução dos novos fundos europeus.

De acordo com os dados divulgados pelo Eurostat, a energia estava mais cara 39,2% no mês passado na Zona Euro, em comparação com os valores do ano passado. A situação é preocupante e vem juntar-se ao facto de o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português estar a avançar muito lentamente, afirma a ANJE.

"A instabilidade causada pela persistência da crise sanitária e, sobretudo, o inesperado eclodir da guerra na Ucrânia não ajudam, por si só, a explicar a baixa execução do PRR. Mas o país precisa de reagir rapidamente. Está em causa um apoio estrutural de grande importância para a recuperação económica após a fase crítica da pandemia e para assegurar um nível de crescimento acima da média europeia, retomando a convergência com a zona euro", afirma Alexandre Meireles.

A ANJE, promete abarcar toda a cadeia de valor do empreendedorismo, nomeadamente a identificação de talento nas escolas, mentoria e aceleração de negócios, formação para executivos, apoios à transição energética, digital e verde das PME e iniciativas para a internacionalização das empresas.

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