Angola já registou este ano cinco mortes entre 1.339 casos de dengue

As autoridades sanitárias angolanas registaram, este ano, cinco mortes causadas por dengue, de um total de 1.339 casos, dos quais 1.286 em Luanda, capital do país, um aumento face a anos anteriores relativizado pelo Ministério da Saúde.
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Em declarações, hoje, à Lusa, o chefe de departamento de Higiene e Vigilância Epidemiológica da Direção Nacional de Saúde Pública, Eusébio Manuel, disse tratar-se de um aumento de casos que não significa uma epidemia, mas sim melhorias no diagnóstico da doença.

"Melhoramos muito em termos de diagnóstico, foram distribuídos testes em todas as unidades sanitárias do país, houve também melhoria na capacitação do pessoal, na notificação da informação, este aumento significa a melhoria do sistema de diagnóstico", afirmou.

Eusébio Manuel frisou que desde ano de 2013, que houve o maior surto de dengue no país, têm sido registados casos de dengue, com maior ou menor proporção.

Os dados referem que em 2013 foram registados 1.245 casos, com 11 óbitos, número que reduziu, quer em casos e óbitos, em 2014, depois da implementação de uma série de medidas, para 446 e 11, respetivamente.

Em 2015, segundo Eusébio Manuel, os resultados das medidas de combate à doença foram "muito positivos", com a redução significativa de casos para apenas dez e nenhum óbito.

Daquele ano para cá, sublinhou Eusébio Manuel, os números de casos e óbitos voltaram a subir, mas devido a melhorias no diagnóstico da doença.

"Em 2016, registamos 66 casos, com um óbito, em 2017 foram 176 casos e quatro óbitos. Isso tem muito a ver com o diagnóstico", disse o responsável, acrescentando que este ano, já foram registados 1.339 casos, dos quais 1.286 só em Luanda, e cinco mortes.

Sobre a dengue, o representante da Organização Mundial de Saúde em Angola, Hernando Agudelo, disse ser uma doença endémica no país, contrariamente à hemorrágica.

"Há um surto, há dois casos provenientes do Uíge, aqui em Luanda também há casos", disse Hernando Agudelo.

O representante da OMS frisou que "há dengue hemorrágico, mas estão a ser feitas atividades para prevenir o alastramento da epidemia".

"Duas crianças mortas e há atividades que estão em curso, pulverização intra e extra domiciliar, campanhas de sensibilização sobre a prevenção. O problema é que as pessoas acumulam mosquitos em casa, deixam os depósitos de água abertos e aí estão os mosquitos, precisa de muita educação e isso está a ser feito, há um grupo no ministério que está a trabalhar isso", realçou.

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