Andrés Aimar joga no Estoril mas sofre pelo Benfica do mano

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Liga de Honra. Irmão de Pablo chegou há três semanas ao clube canarinho

Em criança jogava à bola com Pablo, mas não pensava numa carreira

Há três semanas em Portugal, Andrés Aimar quase passava despercebido no plantel do Estoril-Praia. Mas, ser irmão do benfiquista Pablo Aimar colocou-o no centro das atenções de um país que desconhecia.

"Nunca cá tinha vindo, nem de férias", disse timidamente Andrés ao DN. Rapaz de poucas conversas, diz quem já o viu a jogar que o seu forte é a acção. "Tem garra, não é mole e muita capacidade de progressão", contou uma fonte do Estoril, clube que Andrés Aimar abraçou para relançar a sua carreira na Europa.

Fazer comparações com o irmão pode ser sempre injusto, mas não deixa de ser uma fatalidade. Tanto Andrés como Pablo jogam no meio--campo na posição 10, com qualidades de organizar o jogo. Em pequenos, os manos Aimar já jogavam à bola juntos, "mas nunca houve o objectivo de ser futebolista", revelou Andrés. Aos 18 anos, quando estava no River Plate, deu uma entrevista em que falava da sua relação com o irmão Pablo. "Só lhe ganho nos jogos electrónicos", respondeu quando o confrontaram com uma afirmação de Pablo - na altura no Valência -, que tinha dito que Andrés era um fenómeno e mais habilidoso que ele próprio. Sete anos depois, o irmão joga no Benfica e Andrés saiu do Aldovisi, da segunda divisão argentina para jogar no Estoril-Praia.

"Em pequenos jogávamos sempre juntos com os nossos amigos e íamos à escola. Fazíamos o mesmo que todas as outras crianças", disse ao DN sem se adiantar muito. E que tem a dizer sobre a sua vida em Portugal? "Ainda estou a adaptar-me, mas do que já vi de Lisboa posso dizer que é uma cidade muito linda. A minha namorada vem para cá e as coisas vão ficar ainda mais fáceis. Os meus pais também devem vir cá em breve visitar os dois filhos", contou o médio com saudades da família. "A maior dificuldade em Portugal pode ser a língua, mas já entendo quase tudo", disse Andrés Aimar depois de pensar algum tempo para responder.

"O meu irmão disse-me que deveria vir porque era uma boa oportunidade", revelou, acrescentando que vê o Estoril como um relançamento da carreira na Europa e subir de divisão. A Pablo deseja as maiores felicidades e confessa-se adepto do Benfica.

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