Americana condenada a até três anos de prisão por ter denunciado falsa violação
Justiça Quatro anos depois de ter sido preso por violação, William McCaffrey vê agora a mulher que o enviou para um cela ser condenada a de um a três anos de prisão. Biurny Peguero, hoje com 27 anos, confessou-se culpada de perjúrio quando, em finais de 2005, acusou o operário da construção civil de Nova Iorque de a ter violado, com outros dois homens.
Em Dezembro, um juiz já havia mudado a sentença de 20 anos de prisão a que McCaffrey fora condenado após testes de ADN terem provado que este não violara Peguero. "Interrogo-me todos os dias sobre o que me terá levado a fazer isso", admitiu a mulher a um juiz de Manhattan.
Há quatro anos, Peguero garantiu em tribunal que McCaffrey era o líder do gangue que a violara sob a ameaça de uma faca após a forçar a entrar num carro. A mulher conhecera os suspeitos num bar onde fora com as amigas. Na altura, o empregado da construção civil garantira que Peguero aceitou acompanhá-los a uma festa e, quando mudou de ideias, eles a deixaram ir sã e salva.
Os protestos de McCaffrey de pouco serviram. E o tribunal condenou-o a 20 anos de prisão. Segundo o advogado de defesa, Peguero acreditava mesmo na mentira que estava a dizer, uma vez que estava demasiado bêbeda para se lembrar do que acontecera naquela noite.
Mas agora o Ministério Público concluiu que a mulher apenas agiu desta forma para que as amigas tivessem pena dela. H. T